sábado, abril 14

Decisão judicial aprova mudança de nome de transexual em Ceres, Goiás

Registrado como Vando, microeemprededor pretende se chamar Ana Kely.
Para advogado, conquista abre as portas para outros transexuais.


Um juiz da 2ª Vara de Ceres, a 177 quilômetros de Goiânia, acolheu parecer do Ministério Público (MP) e foi favorável a um pedido de mudança de documentação civil de Vando Carvalho dos Santos. Desde os 20 anos, o transexual, atualmente com 31 anos, mudou seu guarda-roupa, se traveste de mulher e passou a atender por Ana Kely.

Mesmo ainda não tendo se submetido à cirurgia de mudança de sexo, segundo a decisão judicial, ficou comprovado que a transexual Ana Kely possui características femininas e porta-se como mulher em seu cotidiano. A retificação do nome, segundo o magistrado, foi concedida devido ao constrangimento sofrido pelo rapaz, que está se submetendo a tratamento psicológico para passar por procedimento cirúrgico para mudar de sexo e faz tratamento com hormônio desde os 15 anos. A ação que aprovou a mudança de nome durou aproximadamente quatro meses.

Segundo Ana Kely Carvalho dos Santos, a mudança do nome foi um passo mais importante que a própria cirurgia, que está prevista para acontecer no final de 2013, quando termina o tratamento psicológico. “Não estou dando muita importância para a cirurgia. Eu já estou 95% completa. Não fiz a mudança de sexo, mas já consegui o que era o mais importante”, relata Ana Kely.

A transexual, que é microempreendedora, afirma já ter passado por vários constrangimentos na rua e no trabalho pelo fato de ter registrado o nome de homem e ter aparência de mulher. “O nome sempre me causou mais constrangimento porque se passar por uma mulher não é fácil”, conta Ana Kely.

Mudanças
Ana Kely, como é chamada por amigos e familiares desde os 15 anos, conta que notou modificações em seu comportamento quando tinha apenas oito anos: “Comecei a notar que meu comportamento era diferente. Eu notei que gostava e sentia desejo por pessoas do mesmo sexo que eu, mas não entendia. Eu pensava: ‘Mas eu gosto de meninos?’. Era estranho porque o certo, segundo a sociedade de um modo geral acredita, seria gostar de meninas”.

Com silicone, cabelos longos, voz mais fina após uma cirurgia nas cordas vocais e no pomo de adão, realizada há aproximadamente um mês, Ana Kely conta que a época de colegial, entre seus 15 e 18 anos, foi quando sofreu mais preconceito. “Nessa época, eu comecei a deixar o cabelo crescer, já usavas blusas femininas e maquiagem. Ouvia de tudo: ‘boiolinha’, ‘menininha’, ‘bichinha’. Sempre pedi à direção da escola que mudasse meu nome na chamada, porque era estranho. Eles me chamavam de Vando, mas, quando me olhava no espelho, não era isso que eu via”, relata o transexual.

Família
Ana Kely tem mais duas irmãs e um irmão. Ela conta que em casa nunca enfrentou problemas por causa de sua condição sexual: “Em casa foi tranquilo, não teve choque, não foi preciso reuniões. Eu sempre fui mais delicada, mais reservada e não gostava de roupas masculinas. Então, tudo aconteceu naturalmente, sem muito exagero”.

Segundo o advogado do transexual, José Barreto Neto, a conquista de sua cliente abre portas para que pessoas na mesma situação consigam mudar de nome: “Ela sofria muito preconceito, sempre sofreu. O nome na identidade já foi mudado e o sexo também será alterado no documento assim que ela passar pela cirurgia”.

Até este sábado (14), Ana Kely ainda não havia dado entrada para os novos documentos, mas afirmou que já está se preparando para realizar o procedimento.

Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/04/decisao-judicial-aprova-mudanca-de-nome-de-transexual-em-ceres-goias.html?utm_medium=facebook&utm_source=twitterfeed

quinta-feira, abril 12

Estudo aponta risco de anticoncepcional da Bayer

A Bayer HealthCare Pharmaceuticals informou que atualizou as bulas dos anticoncepcionais contendo drospirenona nos Estados Unidos, seguindo a determinação do órgão regulador americano. O novo texto alerta que o medicamento com esse hormônio pode estar associado com "risco mais elevado" de tromboembolismo venoso (TEV) do que outros remédios. No Brasil, o laboratório comercializa os anticoncepcionais Yaz e Yasmin com esse hormônio.

A empresa, no entanto, ressalta que "dados clínicos de período de mais de 15 anos e os resultados de estudos de segurança realizados pós comercialização de até 10 anos" reforçam a conclusão da companhia de que os medicamentos são "seguros e eficazes quando utilizados conforme orientação médica". A Bayer também atualizou as bulas no Canadá, na Austrália e em países da Europa, a pedido de órgãos reguladores locais. Mas isso não deverá ocorrer no Brasil, informa a assessoria de imprensa da empresa, sem que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determine a mudança.

A agência brasileira informou que, quando os estudos foram publicados, no ano passado, os médicos foram convocados a denunciarem a formação de coágulos sanguíneos relacionados ao uso de drospirenona. Em seis meses, nenhum episódio foi relatado.

A agência informa ainda que tem acompanhado o caso e solicitou os estudos à FDA. "Até o presente momento, não houve sinal de risco sanitário identificado no âmbito do Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa".

O vice-presidente do departamento de Doenças Cerebrovasculares da Associação Brasileira de Neurologia (Abneuro), Rubens Gagliardi, lembra que todo anticoncepcional tem risco de facilitar a trombose, que pode levar ao Acidente Vascular Cerebral (derrame). "Esse tipo de suspeita (risco maior de provocar o coágulo sanguíneo) merece um estudo aprofundado, com segmento populacional grande, por três ou quatro anos. O risco de AVC é muito sério. Se for comprovado, deve ser divulgado na bula, sim".

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, abril 9

Ex-transexual poderá concorrer a Miss Universo Canadá

AE - Agência Estado

A Organização Miss Universo declarou nesta terça-feira que poderá reverter uma decisão anterior e permitir que uma mulher que foi um transexual no passado possa participar do concurso de Miss Universo Canadá. Jenna Talackova, de 23 anos, nasceu homem, mas há quatro anos se submeteu a uma cirurgia de mudança de sexo e virou mulher. Isso fez com que os organizadores do concurso desclassificassem Talackova, uma vez que as normas da organização comandada pelo magnata Donald Trump, em Nova York, estabelecem que apenas mulheres "naturais" podem participar das competições. Talackova, que vive na cidade de Vancouver, mudou de sexo há quatro anos.

A organização comandada por Trump anunciou que poderá reverter a decisão após Talackova ter anunciado uma coletiva de imprensa com a advogada Gloria Allred, para mais tarde nesta terça-feira em Los Angeles. O advogado de Talackova no Canadá, Joe Arvay, disse nesta terça-feira que o último comunicado do Miss Universo Canadá é "incompreensível". O comunicado disse que Talackova poderá concorrer "uma vez que ela obtenha o reconhecimento legal de gênero pelo governo do Canadá e os padrões estabelecidos por outros competidores internacionais".

Arvay disse que as exigências do Miss Universo Canadá não estão de acordo com a legislação de direitos humanos do país e que ele entrará com uma queixa na Comissão de Direitos Humanos do Canadá, que funciona na província canadense de Ontário. "Na ausência de clareza, nós vamos prosseguir", disse Arvay.

A desclassificação rendeu a Talackova uma ampla simpatia no Canadá. Ela disse que viveu sua vida como mulher desde os 4 anos, começou a fazer tratamento com hormônios aos 14 e realizou a cirurgia de mudança de sexo aos 19.

Connie McNaughton, eleita Miss Mundo pelo Canadá em 1984, disse que a desclassificação de Talackova foi uma decisão obsoleta e discriminatória. Do lado conservador da sociedade canadense, Gwen Landolt, vice-presidente da associação Real Women of Canada, disse que a organização do concurso agiu corretamente e foi simplesmente realista ao barrar Talackova.

As informações são da Associated Press.

Brasileiros acusados de exploração sexual são presos na Espanha

Grupo aliciava mulheres no Brasil e na República Dominicana , conforme a polícia espanhola

A policia espanhola anunciou nesta sexta-feira a prisão de 13 homens acusados de exploração sexual. Cinco brasileiros fazem parte do grupo, detidos por suposta participação em uma rede internacional de prostituição.

Conforme a polícia, as mulheres eram aliciadas em regiões pobres do Brasil e da República Dominicana e se mudavam para Espanha com falsas promessas de emprego. Elas eram forçadas a se prostituir e amaçadas de morte.

As mulheres eram exploradas em bordéis da região de Navarra, no norte do país. Nos locais, também foram apreendidas drogas e armas.

As investigações mostraram que o grupo tinha uma estrutura hierárquica organizada, com a divisão de tarefas . O grupo fornecia o passaporte e o dinheiro necessário para as mulheres. Depois, elas tinham que pagar a dívida com a prostituição.