
Muitos não sabem o porquê do Dia Internacional da Mulher ser a 8 de Março, mas não foi ao acaso que esse dia ficou marcado na história das mulheres.
Em 1857, em Nova Iorque, operárias têxteis lutavam pelos seus direitos, reivindicando uma redução de 16 para 10 horas diárias de trabalho. É que, para além de trabalharem mais horas, recebiam menos de um terço do salário de um homem. Porém a luta era desigual, uma vez que não podiam bater-se contra o poder do homem. Assim sendo, foram fechadas na fábrica onde, inexplicavelmente, se deu um incêndio, morrendo cerca de 130 mulheres.
Em 1910, foi decidido, numa conferência internacional de mulheres, realizada na Dinamarca, que em honra daquelas mulheres, se comemoraria no dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher.
O que se pretende com esta celebração é chamar à atenção para a dignidade e valor da Mulher, perceber-se o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que lhes vêm sendo impostos.
Em todos os campos se verifica essa mesma limitação e preconceito relativo às mulheres, mas, também em todos eles nos deparamos, nos últimos anos, com a vontade de superar esses mesmos preconceitos, lutando contra isso, tentando sempre superar todas as barreiras.
No que respeita ao futebol, isso é mais que evidente. Não é preciso retroceder muitos anos para nos lembrarmos de como era vivido o futebol, como eram as mentalidades, não só dos homens mas também de muitas mulheres. Estas eram, nada mais, nada menos que acompanhantes dos seus maridos aos estádios. Só que, enquanto eles iam ver o futebol, elas ficavam no carro, a fazer croché, renda e a tomar conta dos filhos. As que não respeitassem essa tradicional companhia ao marido, a consequente espera nos carros e, ao invés, tomasse a iniciativa de ir ver o jogo, era logo apontada e alvo de boatos.
Com o passar dos tempos, e para bem de todos e todas, essa ideia machista do futebol, tem vindo a mudar e cada vez mais se vêem mulheres com voz activa no futebol, no seio do seu grupo. Existem mesmo clubes de futebol com equipa feminina e com mulheres como membros de direção.
Nos grupos Ultra isso também se fez notar, deixando de ser só as mulheres dos membros do grupo a ir ao futebol, generalizando-se. Hoje em dia, já se vêem grupos de mulheres a irem juntas para os estádios, sem a companhia de um membro masculino.
As SuperQueens também lutam constantemente para não serem vistas como mulheres que nada fazem e que o seu lugar é em casa. Ao contrário do que muitos possam pensar, essas bocas machistas de que por vezes somos alvo, ainda nos dão mais força para continuar, e fazer com que o núcleo, tenha cada vez mais uma voz activa em prol do grupo, os Super Dragões.
Tal como o mundo evolui, sendo este o ciclo natural de tudo, também as mentalidades o devem fazer. Esperamos nunca sentir na pele a discriminação de que tantas vezes ouvimos falar, principalmente, porque lutamos no dia a dia contra isso. É certo que é difícil mudar algumas mentes mais retrógradas e não nos livramos de, de quando a quando, ouvir ditos do tipo “vocês deviam estar em casa” ou “o que é que estas miúdas/mulheres estão aqui a fazer?”, mas nada que nos faça vacilar.
Acima de tudo, as Queens vão sempre apoiar o clube que amam, tentando transmitir o espírito ultra no seio feminino e também masculino. Podem dizer que as mulheres são fracas ou deviam ficar em casa mas nada disso nada nos vai impedir de continuar a acompanhar a paixão da nossa vida!
Feliz Dia Internacional da Mulher para todas!!!
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